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A advogada Aline Gonçalves de Sousa, esposa do desembargador César Jatahy, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), recebeu em junho de 2023 uma transferência de R$ 938 mil, feita por Mirian Ribeiro Rodrigues, que é casada com o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves. Mirian e Andreson são alvos de uma investigação da Polícia Federal sobre um suposto esquema de venda de decisões judiciais.
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Os dados da transação financeira foram comunicados à PF pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou ainda um pagamento de R$15 milhões feito pela empresa JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, ao grupo liderado pelo lobista.
Segundo o UOL, as transações atípicas dos investigados passam de R$ 2 bilhões.
Andreson foi preso em novembro do ano passado, durante a Operação Sisamnes, deflagrada pela PF. Ele está detido na ala de segurança máxima da Penitenciária Central do Estado (PCE).
Já Miriam, esposa do lobista, também foi alvo da mesma operação, mas foi submetida ao monitoramento por tornozeleira eletrônica.
No dia 21 de fevereiro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Cristiano Zanin, negou um pedido de liberdade de Andreson.
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Transação suspeita
Procurada pelo UOL, a advogada Aline Gonçalves de Sousa disse que foi contratada por Mirian para atuar em um processo judicial, mas não deu detalhes sobre o caso.
Essa foi uma das transferências mais altas enviada pela conta da esposa do lobista.
Miriam também é advogada e atua em pelo menos 15 processos sob tramitação no TRF-1, mas nenhum está sob relatoria do desembargador César Jatahy.
A Polícia Federal já investiga suspeitas envolvendo a atuação de Andreson e Mirian no Superior Tribunal de Justiça (STF), no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).
As investigações apontaram que Andreson atuava por fora dos processos judiciais, já que não é advogado, e usava sua mulher para oficiar nos autos dos processos.
Pagamento da JBS
Ainda segundo o UOL, o Coaf identificou o pagamento de R$15 milhões da empresa JBS à Mirian, pago em duas vezes para Mirian. A primeira no dia 1º de junho de 2023, no valor de R$11,5 milhões, e a segunda no dia 16 de junho de 2023, no valor de R$4,6 milhões.
Ao Coaf a advogada disse que os valores são referentes a honorários advocatícios.
FONTE : ReporterMT
