TJ solta traficante no Carnaval; ele rompe tornozeleira e foge

THIAGO NOVAES

DO REPÓRTER MT

O integrante do Comando Vermelho (CV), Janderson dos Santos Lopes, foi colocado em liberdade pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) durante o plantão Judiciário no Carnaval. Janderson cumpre pena de 39 anos e 11 meses de reclusão, em regime fechado, por tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O voto pela soltura de Janderson partiu do juiz plantonista convocado, Francisco Alexandre Ferreira Mendes Neto. Já o alvará de soltura foi assinado pela Juíza plantonista Luciana Braga Simão Tomazetti. 

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Dois dias após ser colocado em liberdade, o desembargador Hélio Nishiyama, em nova decisão monocrática, revogou a liberdade e determinou à volta à prisão. Entretanto, Janderson rompeu a tornozeleira eletrônica e não retornou à prisão. Um novo mandato de foi expedido no dia 06 de março. Ele é considerado foragido.

O desembargador justificou o retorno de Janderson à cadeia “a necessidade de garantir a ordem pública com base no risco de reiteração delitiva”, e lembrou que criminoso “ostenta” uma pena de 39 anos e 11 meses de reclusão, no regime fechado, referente aos delitos de tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Janderson foi preso durante a operação “Red Money”, deflagrada em 2018. Enquanto cumpria pena, ele foi alvo novamente, dessa vez da Operação La Catedral, que cumpriu 132 ordens judiciais. Ele foi indiciado por liderar um esquema de lavagem de capitais de dentro da cadeia, além de ser indiciado por tráfico e associação para o tráfico de drogas. 

Durante a investigação da Polícia Civil, foi descoberto que o esquema liderado por Janderson Lopes contou com a participação do diretor da cadeia pública Primavera do Leste, Valdeir Zeliz dos Santos, que foi afastado do cargo por decisão da justiça e alvo de busca e apreensão e bloqueio de valores e sequestro de bens. 

As atividades ilícitas incluíam a venda de benefícios dentro da unidade prisional e, principalmente, a autorização de trabalho externo e alojamento privilegiado na cadeia. Janderson tinha autorização judicial para trabalhar externamente e frequentar a faculdade em Primavera do Leste. No entanto, foi constatado que ele não compareceu ao trabalho e nem às aulas do curso.

FONTE : ReporterMT