VANESSA MORENO
DAFFINY DELGADO DO REPÓRTERMT
Ana Paula Meridiane Peixoto de Azevedo, mãe da adolescente Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, que foi assassinada no dia 12 de março, esteve na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) na manhã desta quarta-feira (19) para cobrar Justiça das autoridades pela morte da filha. Ainda muito abalada, ela afirmou à imprensa que a assassina Nataly Helen Martins Pereira lhe tirou uma parte e, devido à crueldade do crime, não merece viver.
“Essa mulher ela não merece viver, ela não tem que ter liberdade, porque ela tirou algo de mim muito grande, levou algo grande de mim que é minha filha, uma parte de mim. Não está sendo fácil”, desabafou a mãe de Emelly.
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Nataly atraiu a jovem com a falsa promessa de doação de roupas de bebê. A adolescente, que morava em Várzea Grande, foi até o encontro de Nataly, em uma casa no bairro Jardim Florianópolis. Lá ela foi enforcada, teve a barriga cortada, o bebê roubado e foi enterrada em uma cova rasa.
A assassina, que passou meses sustentando uma falsa gravidez, foi presa tentando registrar a criança no Hospital Santa Helena como se fosse dela e confessou ter cometido o crime sozinha.
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Antes de morrer, Emely conheceu Nataly em um grupo de mães no Whatsapp e as duas conversaram durante três meses aproximadamente, conforme relatos da autora do crime. Por isso, durante entrevista à imprensa, Ana Paula aproveitou para dar um conselho a outras gestantes que precisam de algum tipo de donativo, alertando-as a não confiar em outra pessoa, principalmente através do celular.
“Não acreditem em ninguém, até porque do outro lado do celular é tudo muito fácil, muito bondoso, não acredite. Se for alguém quiser doar, vai com o esposo, marido, qualquer pessoa, mas nunca acredite em ninguém mais. Do outro lado do celular a gente pode falar qualquer coisa, pode inventar e as pessoas acreditarem”, aconselhou.
Na ausência da mãe biológica, a bebê de Emelly, que se chama Liara, ficará sob a guarda da avó e do pai, Edvaldo Fernando. Segundo a avó, neste momento de dor, a criança tem sido um refúgio.
“Ela está bem, graças a Deus, está sendo bem cuidada, ela está sendo meu refúgio pra tudo isso que tá acontecendo”, contou.
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FONTE : ReporterMT