Réu no 8/1 e sem passaporte, sobrinho de Bolsonaro está na Argentina

Em vídeo divulgado ontem, ele aparece ao lado de um corretor condenado pelo STF. Gilberto Ackerman está foragido na Argentina desde abril de 2024, como mostrou o UOL.

A ordem de Moraes não proíbe expressamente o réu de sair do país, e não há mandado de prisão contra ele. No entanto, um juiz criminal consultado pelo UOL entende que essa proibição estava implícita quando Moraes mandou apreender seus passaportes. De toda a forma, ele entende que, nos próximos dias, o STF vai ordenar um mandado de prisão, momento em que o sobrinho de Bolsonaro será considerado fugitivo ou foragido.

A defesa de Léo Índio disse ao UOL que só pode comentar o caso ao final do dia. No processo, os advogados dele negaram todos os crimes apontados na denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República). Eles sustentam que o réu “não financiou ou patrocinou” os ataques para um golpe de Estado, como demonstrou a quebra de sigilo bancário do sobrinho do presidente.

O acusado, Leonardo Rodrigues de Jesus, em 8 de janeiro de 2023, não adentrou os prédios públicos vandalizados e, por conseguinte, não os vandalizou
Rafael Castro Alves e Clarice Pereira, advogados de Léo Índio

A PGR sustenta que Léo Índio tinha intenção criminosa ao participar dos movimentos. Ele mesmo divulgou uma fotografia sua em que aparece na rampa do Congresso Nacional, do lado de fora. Para exemplificar, o Ministério Público relata conversas dele com interlocutores defendendo uma bomba no STF (Supremo Tribunal Federal).

Em 25 de novembro de 2022, durante dialogo mantido pelo aplicativo Whatsapp com o interlocutor ‘Gilberto Cobre’ (…), após receber a informação sobre a possível localização de membros da Suprema Corte, o investigado afirmou que ‘uma bomba cairia hem’ ou ‘um raio dos céus’
Denúncia da PGR

noticia por : UOL