“O que faltou para cada uma das moças que seguem ser ver seus filhos, privadas de condições mínimas de dignidade, no sistema penitenciário medieval que é o do nosso país? Talvez tenha faltado um batom. Essa moça deu uma sorte danada. Então nós temos que recomendar aos nossos, nas nossas manifestações, não vamos esquecer o batom”, discursou.
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, sugeriu um “mutirão do batom para que as 40 mil mulheres presas possam ser ouvidas”.
Dirceu defendeu que a esquerda envolva a classe média e dispute as ruas.
A ditadura militar instituiu o AI-5 [que endureceu a pressão] não foi por causa da resistência armada, que existia realmente. Foi porque as greves e o movimento operário tinham começado a se levantar.
José Dirceu, ex-ministro
E a classe média toda já estava contra a ditadura. Aliás, a mesma classe média que nos deu a vitória agora em 2022, de direita, liberal, mas antibolsonarista. Nós temos que nos manifestar —500, mil, 2.000, 10 mil, 100 mil [pessoas], não interessa. Temos que disputar as ruas”, declarou sob aplausos.
O ex-ministro ironizou a resistência da elite ao projeto do governo Lula de isentar de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5.000 e aumentar a taxação sobre as camadas mais abastadas.
noticia por : UOL