Assim que publicado, foram poucos segundos para a enxurrada de comentários: “O que aconteceu? Alguém tá sabendo?”.
Todo mundo tentou juntar peças. Teve gente dizendo que eles já não se falavam há um bom tempo, teve notícia pipocando de que tudo era por um terreno, outra que a treta era financeira, coisa de muita grana.
Além da curiosidade, o que todo mundo ficou mesmo foi indignado(a).
Afinal, os dois e sua turma da Lab Fantasma passaram a representar alguns de nós, negros. Eles furaram a bolha não só por conta do dinheiro, mas por mandar um “papo reto” pra toda juventude a partir de uma visão crítica do mundo e, ao menos tentando, seguir uma ética antirracista ao fortalecer redes negras pelo país, do audiovisual ao empreendedorismo.
A música de Emicida e todo trampo da Lab Fantasma, tendo Fióti como um de seus principais representantes, passou dar o recado pra muita molecada de quebrada e favela de que o rap e a arte negra ainda estão vivos e pulsando a capacidade de negros e negras sonharem.
Direto penso: Dinheiro é a desgraça do povo
Mas cê já viu o sorriso no rosto de quem ganhou um boot novo?
Essa é a parada neguim
Eu quero vida boa pras pessoas que vêm de onde eu vim
Deixar o sofrimento pra trás, é quente
Cê quer saber o sentido da vida, pra frente
Vou com a paciência de quem junta latinha
Focado no que tenho, não no que vou ter ou tinha
[Trecho da música A cada vento, de Emicida, Paulo Romero, Tixaman]
noticia por : UOL