quinta-feira, 17, abril , 2025 06:07

Centro-direita e centro-esquerda formarão coalizão para governar na Alemanha

Conservadores do CSU e social-democratas do PSD da Alemanha anunciaram nesta quarta-feira (9) que apresentarão um acordo para formar um novo governo no país. A aliança tornará o líder da centro-direita, Friedrich Merz, o novo chefe de governo alemão e barrará a extrema direita do país europeu de chegar ao poder.
Os conservadores e os sociais-democratas de centro-esquerda da Alemanha apresentarão seu acordo para formar um novo governo às 15h (13h00 GMT) na quarta-feira, informou o partido conservador CSU em um convite.
Os conservadores do futuro chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, estão perto de um acordo com a centro-esquerda para formar um governo de coalizão, indicaram nesta terça-feira (8) alguns participantes das conversações, apontando para uma possível conclusão nesta semana.
Desde que ganhou as eleições legislativas em 23 de fevereiro, o bloco conservador CDU/CSU de Friedrich Merz mantém conversas com o Partido Social-Democrata (SPD) do chefe de governo Olaf Scholz, para formar um novo Executivo antes do final de abril ou início de maio.
As negociações, cheias de detalhes, tentam estabelecer um plano de ação para os próximos quatro anos e podem durar meses.
Mas os protagonistas querem avançar o quanto antes diante do contexto internacional, com o presidente americano, Donald Trump, virando as relações em matéria de segurança e comércio mundial de cabeça para baixo, e internamente, com o contínuo aumento nas pesquisas do partido de ultradireita alemão AfD.
“Estamos avançando bem no geral, conseguimos superar muitos obstáculos”, declarou nesta terça o deputado Thorsten Frei, peso pesado da CDU.
Uma negociadora do SPD, Manuela Schwesig, chefe do governo da região Mecklemburg-Pomerânia Ocidental, disse esperar que ele possa ser “concluído no final dessa semana”.
O governo de coalizão tripartite de Scholz desmoronou no início de novembro devido às diferenças orçamentários insolúveis entre seu partido, Os Verdes e o Partido Liberal Democrata (FDP).
O provável novo governo não terá esse problema. Ante a agitação mundial, Merz conseguiu levar adiante no início de março um gigantesco plano de investimentos de trilhões de euros para rearmar e modernizar o país, uma iniciativa aplaudida por seus homólogos europeus.
No entanto, o futuro chefe de governo está sendo muito criticado na Alemanha, inclusive dentro de suas próprias fileiras, por ter reformado o “freio da dívida”, que limita a capacidade de endividamento do país para gastos militares e regionais, apesar de ter prometido não mexer nisso.
Isso beneficia especialmente a AfD, que já conseguiu um resultado recorde de mais de 20% nas eleições legislativas, se tornando o segundo partido do país.
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Fonte: G1