
Correria nos mercados teve briga por garrafas de água em Lisboa. Com o calor, a procura por cerveja e alimentos esvaziou as prateleiras de estabelecimentos que, sem energia, decidiram fechar as portas ao longo do dia. As pessoas se aglomeraram em quitandas e mercearias, menos dependentes da tecnologia. Ahmed Sayem, comerciante de Bangladesh que tem um mercadinho no bairro de Belém, na capital Lisboa, disse ao UOL que já não havia água e atum nas prateleiras por volta das 13h.
Terminais de pagamento deixaram de funcionar e pessoas tiveram de se virar com o “pix impresso”. Nos comércios, clientes se decepcionavam ao descobrirem que não podiam usar seus cartões e só podiam usar o dinheiro em espécie. Muitos ainda tentaram procurar caixas eletrônicos para saques de última hora, mas a queda do sistema bancário criou filas e confusões, segundo o jornal Washington Post.

Notícias do que estava acontecendo também corriam mais devagar e fake news “venceram”. Sem TV ou internet na maioria dos lugares, espanhóis, franceses e portugueses se assustaram ao descobrir, horas depois, a escala do apagão, mas sem mais informações sobre o porquê. “As pessoas estavam se perguntando: foi um hacker da Rússia? É um ato de terrorismo?”, contou a editora de filmes Alanna Gladstone, americana que está em Lisboa, à CNN.
Alguns recorreram ao bom e velho rádio de pilha. Já os correspondentes da Globo em Portugal e Espanha, Leonardo Monteiro e Julia Guimarães, se tornaram incomunicáveis. Por isso, Rodrigo Carvalho teve de assumir o plantão de informações europeu, de Londres.
noticia por : UOL