sábado, 10, maio , 2025 06:17

Vândalos “não passarão”: governo Trump endurece contra manifestantes anti-Israel

Esta semana um grupo de manifestantes anti-Israel invadiu a biblioteca da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, para exigir que a instituição se desvincule de investimentos provenientes de Israel. Eles expulsaram alunos, subiram nas mesas, penduraram bandeiras e ameaçaram montar acampamento no local, mas dessa vez os tradicionais protestos antissemitas não passaram batido: 80 pessoas foram presas e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, já prometeu uma surpresa para o grupo.

Enquanto isso, no Brasil, tem presidente pagando a língua. Lula adorava criticar Roberto Campos Neto, ex-Banco Central, sobre a política de aumento da taxa de juros. Só que agora, mesmo sob seu indicado Gabriel Galípolo, a taxa definida pelo Copom bateu recorde e é a maior dos últimos 19 anos.

Assista à crítica bem-humorada do comentarista Thiago Melo no Em Alta desta sexta (9).

Trump impõe ordem nos campi após permissividade de Biden

Com a explosão de protestos protagonizados por manifestantes anti-Israel nas universidades americanas desde 2023, quando estourou a guerra entre Israel e o Hamas, as instituições viraram palco de episódios cada vez mais hostis e, muitas vezes, abertamente antissemitas. E a diferença entre como o ex-presidente Joe Biden e o atual Donald Trump lidaram com a questão é evidente.

Sob Biden, a resposta foi marcada por hesitação. A Casa Branca preferiu emitir notas de repúdio ao antissemitismo enquanto defendia o direito de manifestação, mas evitou qualquer ação concreta contra ocupações ilegais, ameaças a estudantes judeus ou discursos radicais. A falta de firmeza alimentou um clima de impunidade nos campi, onde grupos passaram a agir com mais agressividade e intolerância ideológica.

Com a posse de Donald Trump em janeiro deste ano, o tom mudou drasticamente. O novo governo federal enviou a Guarda Nacional para desmontar acampamentos ilegais e pressionou universidades a agirem ou perderem verbas federais. Trump também autorizou investigações contra grupos acusados de promover discurso de ódio sob a máscara do ativismo político.

No caso da invasão à biblioteca da Universidade de Columbia desta semana, o governo agiu rápido e prometeu revisar o status do visto de quem o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, tem classificado como “invasores e vândalos”. “Bandidos pró-Hamas não são mais bem-vindos em nossa grande nação”, escreveu o chefe da diplomacia americana na rede social X. Com isso, estrangeiros que estão entre os manifestantes anti-Israel podem perder seus vistos e ser deportados do país.

Juros nas alturas

Aqui no Brasil, a taxa de juros definida pelo Comitê de Política Monetária, o Copom, chegou a 14,75%, a maior desde 2006. A decisão tem sido alvo de críticas por parte de movimentos sociais e lideranças do governo federal, que esperavam uma mudança na condução da política monetária desde a troca de comando na instituição.

Mas o governo não cede à pressão e insiste em afirmar que a culpa é ainda do antigo presidente do BC. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, acha que a alta consecutiva da taxa Selic é uma “herança maldita” de Campos Neto. “O Galípolo vem administrando uma herança maldita do Banco Central, que foi a forma como o ex-presidente se comportava e induzia o mercado a fazer avaliações de que tinha que subir a taxa de juros”, disse nesta sexta (9), ao comentar a alta.

Gabriel Galípolo assumiu o comando do Banco Central em janeiro deste ano, após já ter ocupado o cargo de diretor de Política Monetária. A indicação teve o aval de Lula e foi aprovada pelo Senado.

noticia por : Gazeta do Povo