quinta-feira, 15, maio , 2025 03:53

Justiça determina quebra de sigilo bancário dos investigados na morte de advogado

VANESSA MORENO

DO REPORTÉR MT

O Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados no assassinato do advogado Renato Nery. A decisão atende um pedido da Polícia Civil.

Informações sobre quais envolvidos serão afetados pela determinação são sigilosas.

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Renato Nery foi assassinado a tiros em julho do ano passado. Até agora, a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já prendeu nove pessoas.

Dentre elas, o caseiro Alex Roberto de Queiroz, apontado como executor e o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, que confessou a participação direta no crime. Ambos foram indiciados no dia 9 de maio pelo crime de homicídio qualificado.

Também no dia 9, o casal de empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, moradores de Primavera do Leste (234 km de Cuiabá) foram presos, acusados de serem os mandantes do crime. Eles teriam prometido o pagamento de R$ 200 mil pela morte do advogado. No entanto, só teriam pago R$150 mil.

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Outros dois policiais militares, apontados como intermediários do assassinato, também foram presos pela Polícia Civil. São eles: Jackson Pereira Barbosa e Ícaro Nathan Santos Ferreira.

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A Polícia Civil indiciou ainda outros quatro militares, que teriam um envolvimento indireto no crime.

Segundo as investigações, Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins teriam armado um suposto confronto entre criminosos e a Polícia Militar para esconder a arma utilizada no assassinato de Renato Nery.

A suposta ocorrência foi registrada sete dias após o crime.

No confronto, uma pessoa morreu e duas ficaram feridas. Por isso, os quatro foram indiciados por homicídio qualificado, tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo e fraude processual.

A DHPP investiga ainda se há outros mandantes do assassinato. 

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O assassinato

Renato Nery morreu aos 72 anos, atingido por disparos de arma de fogo, no dia 5 de julho de 2024, em frente ao seu escritório, na capital. A vítima foi socorrida e submetida a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas morreu horas depois do procedimento médico.

A motivação do crime foi uma disputa de terras.

FONTE : ReporterMT