Representantes de entidades que organizam um plebiscito popular sobre fim da escala 6×1, redução da jornada e isenção do Imposto de Renda pediram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que participe da consulta, que ocorrerá entre julho e setembro.
O convite foi transmitido por meio do ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, durante reunião no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (19) que teve também representantes dos ministérios da Fazenda, Relações Institucionais e Trabalho.
“Um dos momentos centrais do plebiscito será a votação do presidente Lula, que terá o papel de irradiar o debate na sociedade e impulsionar a consulta popular. Queremos que ele possa fazer a votação num grande ato público”, diz Igor Felippe Santos, integrante da coordenação do plebiscito.
Serão duas perguntas. “Você é a favor da redução da jornada de trabalho sem redução salarial e do fim da escala 6×1?”, diz uma delas.
A outra é voltada para o projeto de isenção para renda de até R$ 5.000 com cobrança de alíquota maior para ganhos mais altos, uma das prioridades legislativas do governo no ano.
“Você é a favor de que quem ganha mais de R$ 50 mil mensais pague mais imposto para que quem recebe até R$ 5.000 mensais não pague imposto de renda?”, será a formulação.
O encontro com Macêdo teve representantes de entidades como MST, UNE e CNBB, além de duas frentes que reúnem movimentos sociais. Entre as centrais, participou a CUT, o que gerou reclamação de outros representantes sindicais, como mostrou o Painel.
“A reunião foi uma composição de representação dos segmentos que estão na construção do plebiscito. As centrais concordaram em participar da organização do plebiscito e serão muito importantes no processo”, afirma Santos.
A consulta começa em 1º de julho e irá até 7 de setembro. Haverá votação em cédulas em locais como sindicatos, igrejas e sedes de associações e movimentos nos 27 estados e no maior número de municípios possível. Também está sendo elaborado um aplicativo que permita votação online.
O universo de votantes é o mesmo das eleições gerais, e para participar será necessário apenas apresentar um documento de identificação.
Não há estimativa de comparecimento, mas uma base de comparação pode ser a de duas consultas populares feitas em anos passados.
Em 2002, um plebiscito contra a criação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) atraiu 10 milhões de pessoas. Em 2014, outro em defesa de uma Assembleia Constituinte teve 5 milhões de votantes.
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noticia por : UOL