EDUARDA FERNANDES, DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
Márcio Júnior Alves do Nascimento, um dos responsáveis pelo golpe milionário que deixou mais de mil formandos sem festa em Mato Grosso e outros estados, pediu à Justiça a revogação da prisão preventiva.
Ele se entregou à polícia nessa quarta-feira (21), após ser alvo da Operação Ilusion, deflagrada na terça (20).
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A defesa, patrocinada pelo advogado Wander Martins Bernardes, ingressou com um habeas corpus com pedido liminar no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), argumentando que Márcio possui residência fixa, é réu primário, tem uma filha de 4 anos que depende exclusivamente dele e que colaborou com as investigações.
O advogado destaca o fato de Márcio ter se apresentado espontaneamente na Delegacia do Consumidor, em Cuiabá, logo após tomar conhecimento da operação pela mídia, o que descartaria risco de fuga.
No pedido, o advogado afirma que a prisão preventiva é desnecessária, já que o empresário entregou o celular com senha, prestou depoimento por mais de três horas e se compromete a cumprir medidas cautelares, como não manter contato com testemunhas ou vítimas.
Ele também nega que a empresa tenha sido criada para aplicar golpes, e atribui os cancelamentos das formaturas à crise financeira causada pela inadimplência de clientes, reajuste de preços de fornecedores e os efeitos da pandemia.
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Prejuízo milionário
Márcio e a esposa, Eliza Severino, são investigados pelo fechamento repentino das empresas Imagem Eventos e Graduar Fotografia, que deixaram centenas de eventos cancelados de última hora e causaram um prejuízo estimado em R$ 7 milhões.
Conforme a Polícia Civil, o encerramento das atividades foi planejado com meses de antecedência, com ações específicas para arrecadar dinheiro pouco antes do fechamento. Ambos os investigados alegaram dificuldades financeiras, mas os investigadores apontam para um esquema articulado de fraude. A primeira fase do inquérito deve ser concluída até o fim da próxima semana.
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Audiência de custódia
Nessa quarta, horas após se entregar, a juíza Fernanda Kobayashi, da Central de Audiência de Custódia de Cuiabá, manteve a prisão de Márcio durante audiência de custódia.
FONTE : ReporterMT