domingo, 25, maio , 2025 03:40

Carretas e motorhomes das equipes competidoras também são atração no Parque Novo Mato Grosso

Carretas e motorhomes tomaram conta de um setor do estacionamento do Parque Novo Mato Grosso, onde acontece a 3ª Etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross. Dentro deles estão familiares de pilotos, equipes técnicas e até mesmo amantes do esporte que acompanham todas as etapas do campeonato Brasil afora.

O evento é realizado no maior parque multieventos da América Latina, que está sendo construído pelo Governo de Mato Grosso, em parceria com a MT Participações e Projetos (MT Par). A entrada é gratuita.

Patrocinado pela Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Secel), o campeonato deve receber mais de 30 mil pessoas circulando pelo local durante os três dias de evento. Desse total, cerca de 5 mil fazem parte da organização, equipes de competidores, familiares de pilotos e pequenos comerciantes que participam da feira de negócios.

Parte desse público está alojada em vans, micro-ônibus e carretas que impressionam pela tecnologia e estrutura, e que podem ser vistos de perto pelos visitantes. Quem prestigiar o evento ainda terá a oportunidade de conhecer de perto as “tribos” do motocross, trocar ideias e ver como é a rotina das competições.

As maiores equipes trouxeram carretas que funcionam como verdadeiras oficinas e casas sobre rodas. No interior delas, os mecânicos e membros da equipe dormem, a comida é preparada e há espaço para armazenar equipamentos e ferramentas, que são usados nas tendas montadas em frente aos veículos.

Pedro Neto é piloto e integrante da equipe S2 Nordeste, que está com toda sua mecânica aberta ao público no campeonato de motocros. Foto: Caroline Rodrigues / MT Par

Pedro Neto, 25 anos, piloto da equipe S2 Nordeste, conta que sua equipe está em transição de médio para grande porte, tanto pela estrutura quanto pelos resultados conquistados. Ele relata que a carreta da equipe percorre, em média, 80 mil quilômetros por ano para participar das competições, levando suporte técnico e insumos para cada prova.

Dentro da carreta, há alojamentos para mecânicos e equipe técnica. Já os pilotos ficam hospedados em hotéis da cidade-sede e são levados diariamente ao motódromo.

Mesmo com essa estrutura profissional, também há espaço para as equipes menores. Elas podem não chegar com tanta pompa, mas realizam um trabalho de qualidade equivalente. As big carretas são substituídas por micro-ônibus e vans.

Emerson Barbosa dos Santos e seu amigo Cléber Grosbelli — um do Paraguai e o outro da região Sul do Brasil — costumam viajar de micro-ônibus para levar os filhos, que são pilotos, às competições. Nenhum dos dois filhos é profissional remunerado, mas já conseguiram contratos com equipes que fornecem motos e equipamentos, o que ajuda a aliviar os custos para as famílias.

Emerson e Cléber acompanham todas as etapas porque os filhos deles são pilotos e almejam um dia serem profissionais. Foto: Caroline Rodrigues/ MT Par

“Nós acompanhamos os meninos por amor ao esporte. Eu já fui piloto e gosto de incentivar meu filho a seguir esse caminho. Mas não é fácil deixar as obrigações e a casa para passar uma semana fora nos campeonatos. Minha sorte é que sou comerciante, e minha esposa cuida da loja enquanto acompanho nosso filho”, explica Emerson.

Já Cléber Grosbelli, que é construtor, conta que precisa fazer muitas restrições financeiras para bancar o sonho do filho. Mas vê com orgulho o crescimento dele e acredita no potencial para se tornar um piloto profissional remunerado. “Meu filho foi crescendo no esporte de forma natural. Ele começou a competir e foi se destacando. É algo que ele ama, e tento não forçá-lo. Ele é livre para decidir o que quer fazer”, conclui.

Fonte: Governo MT – MT

FONTE : MatoGrossoNews