sábado, 31, maio , 2025 02:15

Bolsonaro quis saber se era possível contestar eleições, afirma ex-AGU

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, questionou Bianco sobre essa reunião, que teria ocorrido logo depois da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva na disputa pelo Palácio do Planalto. Poucas horas após o resultado, caminhoneiros fecharam rodovias pelo Brasil em protesto. As manifestações ganharam volume e levaram aos acampamentos bolsonaristas montados na frente de quartéis.

Foi do QG do Exército em Brasília que, no dia 8 de janeiro de 2023, radicais partiram para a Praça dos Três Poderes, onde invadiram e depredaram dependências do Congresso, do Planalto e do Supremo. No 8 de Janeiro, Torres era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Ex-ministros

Para as audiências de ontem, a defesa de Torres escalou ministros que atuaram no governo Bolsonaro. Foi o terceiro dia consecutivo que o STF ouviu testemunhas do ex-chefe da pasta da Justiça. Além de Bianco, prestaram depoimento Adolfo Sachsida, ex-titular do Ministério de Minas e Energia, e Wagner Rosário, ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU).

Sachsida disse que a desconfiança em relação às urnas eletrônicas abordada durante reunião ministerial, em julho de 2022, não foi algo que tenha causado preocupação. “Não me parece nenhuma novidade, já que muitas pessoas do Brasil, desde 2007, questionam urnas eletrônicas. Então, não me chamou atenção”, afirmou.

Rosário foi questionado sobre a reunião apenas por um dos advogados de Torres. Segundo o ex-chefe da CGU, não houve nenhuma discussão sobre uma ruptura institucional naquele encontro. “Não tivemos discussão sobre isso. Todas as discussões passavam por problemas nas urnas eletrônicas, para que passassem por um aprimoramento para que tivéssemos um resultado que fosse fidedigno”, disse.

noticia por : UOL