DO REPÓRTERMT
O advogado Michelangelo Cervi Corsetti, de Brasília (DF), foi alvo, nesta sexta-feira (30), da nova fase da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal. Ele é investigado por repassar informações sigilosas sobre investigações em curso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Corsetti passou a ser investigado formalmente após autorização do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação apura um esquema de venda de sentenças judiciais envolvendo o Corsetti, magistrados do STJ e de tribunais estaduais, e o lobista e empresário de Mato Grosso Andreson de Oliveira Gonçalves, que está preso.
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O advogado foi alvo de medidas cautelares impostas pelo STF, que incluem a proibição de manter contato com outros investigados e a vedação de sair do país. As restrições também foram aplicadas ao prefeito de Palmas (TO), José Eduardo de Siqueira Campos (Podemos), investigado por envolvimento no esquema de vazamentos.
De acordo com os autos, as medidas foram solicitadas pela Polícia Federal e receberam parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR). No entanto, Zanin negou os pedidos de prisão preventiva dos investigados, bem como a solicitação de busca e apreensão no escritório de advocacia vinculado a Corsetti.
A investigação conduzida pela PF aponta que informações sigilosas sobre operações e medidas judiciais em tramitação no STJ estavam sendo repassadas de forma ilegal a autoridades e investigados no Tocantins. As conversas interceptadas indicam que o prefeito de Palmas tinha ciência detalhada de processos em andamento e chegou a afirmar que contava com uma fonte no STJ que “era paga para vazar” os dados.
Operação da PF
A investigação da PF vem acontecendo desde o fim do ano passado e começou após a morte do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023, em Cuiabá. Com o nome de Sisamnes, a operação apura um esquema de venda de sentenças judiciais envolvendo o advogado, magistrados do STJ e de tribunais estaduais, e Andreson.
As investigações começaram depois que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) identificou mensagens no celular do advogado que indicavam o acesso antecipado a minutas de decisões do STJ. A partir disso, a PF passou a investigar suspeitas de que assessores dos ministros passavam informações sigilosas para Andreson e Zampieri.
Com informações do Metrópoles
FONTE : ReporterMT