quarta-feira, 4, junho , 2025 02:59

Morre traficante apontado como principal comprador de armas do Comando Vermelho no Rio

Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor e apontado como um dos líderes da cúpula do Comando Vermelho (CV) e principal comprador de armas da facção, morreu na noite deste domingo (1º).

Segundo a polícia, ele teria cometido suicídio, com um disparo na cabeça. De acordo com uma testemunha, que seria uma mulher com quem ele mantinha um relacionamento extraconjugal, o traficante não aceitava o fim do relacionamento.

Foragido desde 2018, após fugir do sistema prisional, ele se escondia no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro

Em depoimento, ao qual a Folha teve acesso, ela relatou ainda que Fhillip usaria medicamentos controlados, consumidos com uísque, e demonstrava abalo com a exposição de seu nome na imprensa. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios (DH). A reportagem não conseguiu contato com seu advogado, que acompanhou a testemunha na delegacia.

O corpo do traficante chegou a ser levado, já sem vida, a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

Em 2012, foi preso em flagrante com comprovantes de supostos depósitos para traficantes da favela Nova Brasília, além de anotações contábeis em sua casa. Na ocasião, passou a responder por lavagem de dinheiro e ocultação de bens —sua primeira entrada na ficha criminal.

Foi novamente preso, três anos depois, em um sítio em Seropédica, na Baixada Fluminense, que seria usado como depósito de drogas, armas e munições para o Comando Vermelho. No local, a PF apreendeu 100 kg de cocaína. Escutas autorizadas revelaram que, em apenas 15 dias, ele movimentou R$ 1 milhão em negociações ilícitas.

conseguiu fugir de um presídio em 2018 e se refugiou no Complexo do Alemão, onde construiu uma casa com piscina e sauna. Também na mesma residência, segundo a polícia, fez cirurgias plásticas de harmonização facial, além de retirada de estilhaços na cabeça.

Em 2023, a Polícia Federal o apontou como o principal comprador de armas para a facção. O esquema consistiria na compra legalizada de armas na Argentina, que eram repassadas a intermediários em Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil, e de lá vendidas para facções no RJ e em São Paulo.

noticia por : UOL