APARECIDO CARMO, VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT
A influenciadora Emilly Kamilly Souza da Silva, conhecida como “musa do Tigrinho”, foi presa, nesta terça-feira (03). Ela era considerada foragida da Justiça desde abril deste ano, quando foi alvo da Operação Quéfren, deflagrada pela Polícia Civil. Ela foi presa na casa da mãe, no bairro Santa Terezinha, em Cuiabá, e precisou ser algemada por risco de fuga e o carro dela foi apreendido.
Emilly é acusada de lavagem de dinheiro; crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo; pirâmide financeira; estelionato e associação criminosa. A investigação teve início em decorrência da divulgação de jogos ilegais, conhecidos como “jogos do tigrinho”.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Ela deverá passar por exame de corpo de delito e, posteriormente, pela audiência de custódia para saber se continua presa ou se irá responder ao processo em liberdade.
Emilly ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, onde possui mais de 95 mil seguidores. Entre as viagens, ela exibia destinos como Paris, Maldivas, Suíça, Caribe, Tóquio, entre outros. A jovem também ostentava procedimentos estéticos.
É a segunda influienciadora mato-grossense presa por divulgar os jogos ilegais na mesma operação. Em abril já havia sido presa a estudante de Odontologia Mariany Dias. Ela já está em liberdade.
Conforme a investigação policial, influenciadores com milhares de seguidores gravavam vídeos e imagens com ganhos fictícios em plataformas de cassino online e postavam em suas redes sociais para captar maior número de apostadores.
Os envolvidos também utilizavam conta “demo/teste” para iludir os seguidores, bem como integram uma rede que negociavam diretamente com chefes das plataformas que tem como proprietários pessoas que residem no exterior, a sua maioria na China, fazendo a indicação de outros influenciadores digitais para a divulgação do “Jogo do Tigrinho”.
Os influenciadores digitais eram remunerados de diversas maneiras, desde o pagamento pela simples colaboração (postagem da plataforma), como pela quantidade de novos usuários nas plataformas (cadastro), ou receberiam comissionamento pelo montante de apostas (valores depositados pelas vítimas), movimentando milhões de reais nos últimos anos.
Além do pagamento de valores, os chefes das plataformas também pagavam viagens para o exterior para os agentes e influenciadores digitais, cujas viagens eram ostentadas em suas redes sociais como sinônimo de prosperidade com o jogo.
Já os agentes de plataformas eram os responsáveis pela contratação dos influenciadores digitais, além de realizarem festas de lançamento de plataformas.
FONTE : ReporterMT