sábado, 7, junho , 2025 12:37

Justiça extingue inquérito que investigava Andressa Urach por zoofilia: 'Prescreveu'

Aracaju

O juiz Fabrício Reali Zia, do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), extinguiu uma investigação aberta pela polícia contra a modelo e influenciadora adulta Andressa Urach por suspeita de apologia da zoofilia e maus-tratos de animais.

Urach disse à Justiça não ter cometido qualquer conduta delituosa. “Muito pelo contrário, os comentários foram tão somente em tom de relato de fato ocorrido durante a infância, mais precisamente aos 11 anos de idade, sem nenhum comentário incentivador ou apologia ao fato criminoso”, afirmou.

O inquérito havia sido aberto em setembro do ano passado no 15º Distrito Policial (Itaim Bibi), após ofício enviado ao Ministério Público pelos deputados federais Bruno Lima (PP-SP), Matheus Laiola (União-PR), Fred Costa (PRD-MG) e Marcelo Queiroz (PP-RJ).

Ela disse na ação que o episódio ocorreu na casa de uma vizinha, quando foi vítima de violência sexual, e que tal fato lhe provocou traumas de difícil superação.

“Durante muitos anos, Andressa fez tratamento psicológico para, enfim, conseguir narrar sobre os traumas ocorridos durante a infância, sempre com o objetivo de alertar outras famílias sobre a necessidade de ter atenção e cuidado sobre quem se aproxima de crianças”, afirmaram seus advogados em documento enviado à Justiça.

No documento, os deputados disseram terem tomado recentemente conhecimento na rede social do apresentador Luiz Bacci de uma entrevista dada em março de 2021 pela modelo no canal “Téte a Theo”, do YouTube, na qual ela afirmou ter feito sexo com cachorro.

“Virou um hábito. Eu comprei um cachorro para isso”, afirmou na entrevista, ressaltando que a primeira vez ocorreu aos 11 anos. Os parlamentares ressaltaram no ofício que chamam de tom “natural” da modelo.

“Merece relevo o fato de que, ao descrever publicamente esse episódio, em tom que pode ser interpretado como natural ou aceitável, a sra. Andressa Urach pode estar promovendo apologia da prática criminosa, incitando outros a cometerem atos semelhantes”, afirmaram os deputados no documento.

A modelo, que produz conteúdo adulto, já havia tratado do assunto na sua biografia “Morri para Viver”, lançada em 2015, época em que frequentava a Igreja Universal do Reino de Deus e atuava como repórter na Record.

O juiz Reali Zia extinguiu a investigação sem analisar o mérito por considerar que o caso estava prescrito, ou seja, já havia passado o prazo previsto em lei que possibilitava uma punição para o eventual crime cometido. A Justiça de São Paulo confirma a informação à coluna. Já Urach comemorou a decisão e disse só ter falado o que viveu.

Cobre diariamente os bastidores das novelas, do telejornalismo e da mídia esportiva. Tem como titular o jornalista Gabriel Vaquer

noticia por : UOL