sexta-feira, 13, junho , 2025 09:33

Ministério Público investiga "aeroporto do agro" por invasão de terras públicas

VANESSA MORENO

DO REPORTÉR MT

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) investiga se o aeroporto da Bom Futuro, uma das maiores empresas de agronegócio do Brasil, foi instalado sobre terrenos públicos de maneira ilegal.

De acordo com o MP, o aeroporto, que está localizado em Cuiabá, sobrepõe ruas públicas, áreas de conservação ambiental e rios. As informações são do portal UOL.

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O aeroporto foi instalado em 2011 para atender às demandas das empresas da família Maggi. Hoje é voltado para aviação executiva, tem cinco hangares e opera entre 40 e 50 voos por dia. Na última semana, o grupo inaugurou um novo terminal que custou R$ 20 milhões.

Ao todo, o aeroporto custou cerca de R$ 100 milhões e possui padrão de altíssimo luxo.

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Segundo o Ministério Público, o aeródromo foi instalado no Loteamento Parque Bandeira, que foi constituído entre 1978 e 1979. O MP apontou ainda documentos de cartórios que comprovam que o loteamento tinha 11 mil hectares, vias públicas e 4 hectares de reserva florestal.

Por meio de nota, a Bom Futuro informou ao UOL que não houve usurpação de bem público e que a atuação da Bom Futuro é transparente, legal e responsável, com rigorosa observância da lei e dos princípios de boa-fé.

Ainda conforme informado pelo UOL, o terreno do aeroporto não foi comprado e tentam a transferência da propriedade por meio de ações de usucapião. O MP aponta que os Maggi Scheffer apresentam informações inverídicas e eivadas de fraude, omitindo que os lotes englobam terras públicas para induzir a Justiça a lhes conceder a terra por meio de usucapião.

O MP deu início às investigações a pedido da família Bechara, dona original dos lotes.

Eles afirmam que houve invasão de propriedade e transferência de ruas e áreas verdes, bens públicos de uso comum do povo para patrimônio particular, conforme informado pelo UOL.

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FONTE : ReporterMT