Trata-se do verde cenográfico’feito para impressionar visitantes, não para melhorar a vida da população local
Adriana Sandre, docente da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design da Universidade de São Paulo)
Reflorestamento urbano real seria mais eficaz, diz climatologista. Ouvido pelo UOL, Carlos Nobre, climatologista e membro da Academia Brasileira de Ciências, destaca que a realização da COP30 na Amazônia deveria ser acompanhada de um plano robusto de restauração florestal urbana.
Era totalmente factível, com planejamento, fazer uma mega restauração urbana com centenas de espécies da biodiversidade amazônica. Árvores reais podem reduzir a temperatura, a poluição e melhorar a saúde pública. Ainda há tempo de plantar árvores de grande porte.
Carlos Nobre, climatologista e membro da Academia Brasileira de Ciências
Tempo e planejamento foram negligenciados. Adriana também observa que árvores reais exigem tempo de crescimento e vínculos com o ambiente urbano. “É a persistência de políticas públicas que preferem a aparência à substância, o imediato ao duradouro, o simulacro à natureza”, afirma.
Nota completa da Secretaria de Estado de Obras Públicas (SEOP)
“A Secretaria de Estado de Obras Públicas (SEOP) esclarece que o projeto de paisagismo dos parques lineares da Doca e da Avenida Tamandaré inclui o plantio de árvores e a instalação de jardins suspensos com plantas nativas do Brasil em espaços entre as árvores. Isso possibilita a multiplicação de espaços verdes. Os jardins suspensos são estruturas feitas a partir de material reciclado com plantas vivas instaladas. O Parque Linear da Doca terá mais de 180 árvores e 80 jardins suspensos, enquanto a Avenida Tamandaré contará com mais de 70 árvores e 100 jardins suspensos”.
noticia por : UOL