VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT
A juíza Maria Mazarelo Farias Pinto, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Rondonópolis, negou um pedido de liberdade ao agricultor Rafael Galvan de 45 anos, filho de Antônio Galvan, ex-presidente da Aprosoja. Ele foi preso no dia 31 de março, em Limeira (SP), por descumprir medidas protetivas, ameaçar e perseguir sua ex-esposa.
“Indefiro o pedido de revogação de prisão preventiva e, consequentemente, mantenho a prisão preventiva do acusado Rafael Galvan”, diz trecho da decisão publicada no dia 11 de abril.
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Rafael está preso no Centro de Detenção Provisória “Nelson Furlan” de Piracicaba (SP). Segundo denúncia, ele descumpriu medidas protetivas, passando a perseguir a ex em diversos locais, ligando e mandando mensagens por diversas vezes.
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Ele também foi acusado de fazer ameaças contra ela, dizendo que se a visse com outro iria dar um tiro nela, e contra ele mesmo, mandando para a mulher uma foto dele com uma arma de fogo apontada para a cabeça.
Consta ainda na denúncia que ele é o principal suspeito de ter alvejado com tiros a casa de um amigo da vítima, atingindo e matando o cachorro dele.
Rafael e a ex-mulher estão separados a cerca de um ano e têm um filho. Segundo a mulher, mesmo tendo condições financeiras, ele não contribui com a criação do menino.
Esse é o segundo pedido de liberdade negado a Rafael. O primeiro foi negado pelo desembargador Rui Ramos, que apontou que a prisão é necessária para a segurança da vítima e para garantir a ordem pública.
Na última decisão, a magistrada Maria Mazarelo destacou que ficou comprovado o descumprimento das medidas protetivas e que é preciso manter Rafael preso para assegurar a aplicação da lei, já que solto ele pode praticar novos atos criminosos e até atos de maior gravidade.
“Desse modo, a par da existência dos requisitos para a prisão preventiva, há necessidade da sua mantença para assegurar a aplicação da Lei Penal, pois, uma vez solto, o acusado encontrará os mesmos estímulos para a reiteração do ato criminoso e atos até de maior gravidade, impondo-se a medida como garantia do próprio prestígio da atividade jurisdicional e para a segurança da família da vítima”, ressaltou a juíza.
Após a prisão, o pai de Rafael, Antônio Galvan, se manifestou por meio de nota se solidarizando com a vítima e criticando ação do filho.
“Quero dizer, antes de tudo, que lamento profundamente toda essa situação. Nenhum pai está preparado pra ver um filho envolvido nesse tipo de acusação, muito menos quando há dor e sofrimento de outra pessoa envolvida. Me solidarizo com a mulher que foi afetada e espero, de coração, que ela encontre amparo, proteção e paz. Nenhuma mulher merece viver com medo”, disse Galvan na época.
FONTE : ReporterMT