Mãe de adolescente de 15 anos revela que médico era "ciumento" e "possessivo"

FERNANDA ESCOUTO

DO REPÓRTERMT

Luciana de Souza, de 39 anos, mãe da adolescente, de 15 anos, que foi assassinada pelo namorado, o médico Bruno Felisberto, 29 anos, afirmou que ele era muito possessivo e por isso ela reprovava a relação deles. O crime aconteceu em Guarantã do Norte, no último dia 3.

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Em entrevista ao UOL, Luciana disse que já tinha alertado a filha sobre o namoro e como o médico a tratava na presença das pessoas, entretanto a jovem ignorou os sinais. Logo no início do namoro, eles passaram a morar juntos.

“Eu não aprovava esse namoro e cheguei a tirar minha filha da cidade por causa disso”, disse Luciana.

“Os dois começaram a namorar há cinco meses.[No começo] ele demonstrava ser um bom rapaz. Somos de Cachoeira da Serra (PA) e todas as vezes que vim a Guarantã do Norte, encontrava a minha filha. Eles foram juntos ao meu encontro duas vezes, só que alertei a minha filha sobre esse namoro. Ele era muito possessivo com ela. Eu cheguei a tirar ela da cidade e levei comigo para o Pará, mas ela voltou pra cá“.

Luciana revelou que a situação se agravou com o tempo e as brigas entre o casal eram frequentes.

“Os dois brigavam muito. Isso todo mundo sabia, porque as brigas eram na frente das pessoas. Ele era muito ciumento com ela. Eu nunca aprovei esse relacionamento, nunca apoiei isso, mas ela nunca me escutou”, relatou.

Bruno foi preso dois dias depois do crime. Ao delegado, ele disse que o tiro foi acidental. O médico contou que estava no carro com a vítima, voltando para casa após terem saído para se divertir. Em certo momento, a adolescente teria pedido para dirigir e foi para o colo dele. Neste momento, ele pegou a arma, dizendo acreditar estar desmuniciada, quando houve o disparo.

O médico disse ainda que prestou socorro imediato à vítima e a levou ao hospital.

Entretanto, a mãe da menina não acredita na versão de Bruno.

“A maior saudade que tenho é de vê-la sorrindo. Ela amava as irmãs, gostava muito das menininhas. Eu tenho duas menininhas pequenas. A maior felicidade dela era cuidar dessas crianças, ela amava. Ela era muito feliz, carregava um sorriso lindo. Eu espero que a justiça seja feita”, pontuou ao UOL.