O Irã alertou os Estados Unidos, o Reino Unido e a França que suas bases militares serão alvos caso tentem bloquear sua retaliação contra Israel, que atacou infraestruturas nucleares iranianas e matou dois líderes da cúpula militar do país.
Donald Trump, presidente dos EUA, já afirmou que ajudaria a defender Israel. Ele admitiu que “sabia de tudo” sobre o ataque israelense e ofereceu apoio à decisão de lançar uma série de ofensivas devastadoras ao Irã, demonstrando disposição para adotar o uso da força militar para impedir o programa nuclear de Teerã. O republicano chamou ainda de “excelente” o desempenho dos militares israelenses.
A professora Ana Carolina destacou que, ao mesmo tempo em que o Irã parecia querer apaziguar o conflito com Israel, ao levar a questão ao Conselho de Segurança da ONU, seguia promovendo ataques militares contra o país vizinho.
Nós vimos duas linhas seguidas pelo Irã. Ao mesmo momento em que o Ayatollah Khamenei afirmou que Israel pagaria um preço altíssimo pelas suas atitudes, o Irã levou a questão para o Conselho de Segurança da ONU, que poderia indicar uma desescalada do conflito.
Mas nós vimos que ao mesmo tempo em que ele tenta levar para a legalidade das organizações multilaterais, ele promove ataques. O Ayatollah Khamenei faz uma série de afirmações duras em relação a Israel e agora envolvendo o Irã, o próprio Irã se manifestou em relação a Israel, ou seja, falando sobre Israel, Estados Unidos, que sofreriam pressões, sofreriam ataques se interviessem na questão.
Ele inclusive se manifestou em relação à França, ao Reino Unido, falando que caso eles interviessem ajudando Israel, as suas bases militares locais também sofreriam ataques. Então nós já percebemos o início de escalada das tensões regionalmente falando.
Ana Carolina Marzon
noticia por : UOL